terça-feira, 12 de abril de 2011

Somos iguais


Os animais são o que as pessoas são – só que melhores

Por Dra. Martha Follain

Atualmente os estudiosos admitem que grande parte dos animais possui alma individual – menos os insetos, que possuem alma de grupo.

O instinto animal é a prova da sabedoria da alma do grupo, que os bichos também conservam – seria o nosso “inconsciente coletivo”.

Um exemplo clássico é o de um gato utilizar a bandeja sanitária, e então usar sua pata dianteira para raspar o azulejo - e não para cobrir as fezes, o que era a intenção do comportamento original.

Este é o conhecimento atávico, que está sendo aplicado a circunstâncias que não estão sendo acolhidas pela alma individual do animal.

O instinto de grupo, essa sabedoria, serve para a sobrevivência dos felinos em geral, que cobrem as suas
trilhas na Natureza, mas a menos que a consciência individual esteja completamente desenvolvida, o indivíduo não se sobrepõe à alma do grupo, o “instinto”.

O ser humano tem sua alma mais individualizada, mas ainda deve cumprir sua rota evolutiva, pois muitas vezes age apenas “por impulso”.

Se os seres humanos possuem sentimentos, os animais também - somos todos “animais”, de espécies diferentes. Muitas pessoas, arrogantemente, encontram dificuldade em aceitar essa afirmação, pois se consideram o “produto” final e especial da criação - Divindade ou Natureza. Obviamente a humanidade está em profunda dívida com os bichos, pois os tem escravizado, humilhado e destruído através dos séculos, gerando danos e dor.

Talvez, nem todos os seres humanos tenham percebido que os animais são seres sencientes, com o mesmo direito inalienável de viver plenamente uma vida decente e digna nesse Planeta.

Por exemplo, contraímos grandes dívidas com os cetáceos - cetáceos “como todos os mamíferos, respiram ar pelos pulmões, são de sangue-quente (endotérmicos) amamentam os filhotes, e têm muito poucos pelos.

As adaptações dos cetáceos a um meio completamente aquático são bastante notórias: o corpo é fusiforme, assemelhando-se ao de um peixe.

Os membros anteriores, também chamados barbatanas ou nadadeiras, são em forma de remo. A ponta da cauda possui dois lobos horizontais, que proporcionam propulsão por meio de movimentos verticais.

Os cetáceos não possuem membros posteriores, alguns pequenos ossos dentro do corpo são o que resta da pélvis” Eles existem anteriormente à experiência humana na Terra, e são mais sensatos e espiritualmente mais desenvolvidos do que a humanidade.

Segundo Ernst Haeckel (anatomista alemão do século XIX, discípulo de Darwin), em sua “Teoria da Recapitulação”, qualquer animal, em seu desenvolvimento embriológico, tende a repetir ou recapitular a seqüência que seus ancestrais seguiram durante a evolução. E, realmente, no desenvolvimento humano intra-uterino, as etapas percorridas são muito semelhantes aos peixes, répteis e mamíferos não primatas, antes de nos tornarmos seres humanóides (na fase de peixe, existem até fendas branquiais, que são inteiramente inúteis para o embrião, uma vez que ele é nutrido através do cordão umbilical). A razão da “recapitulação” pode ser compreendida da seguinte forma: a seleção natural age somente sobre os indivíduos, e não sobre a espécie - e pouco sobre óvulos ou fetos.

A caça, a contínua perseguição e insensibilidade em relação aos cetáceos é uma prova da recusa humana em lidar com a própria história de covardia e crueldade.

É extremamente insensato continuar a desvalorizar a cetácea sabedoria, considerando que os cetáceos são parentes mais velhos e sábios. Devemos aprender a comunicarmo-nos com eles e compartilharmos o futuro.

Para avançar como espécie espiritual, o ser humano deve aprender a respeitar a Terra, as demais espécies e a própria espécie – é tempo de acabar com as guerras.

A capacidade de dominar, matar e desvalorizar outras necessidades deve ser tratada, curada com amor incondicional, independentemente da forma corporal que ocupamos. Ainda temos muito que aprender!


Muitas formas de vida na Terra sobrevivem consumindo alguma outra forma de vida como alimento. Mas os seres humanos são onívoros porque assim o desejam, pois há adequada comida vegetariana disponível.

A maioria dos problemas de saúde humana provém de um excessivo consumo de animais. A diferença espiritual e cultural entre seres humanos faz dos animais ou animais de estimação ou alimento ou prisioneiros em zoológicos – porém, todos deveriam ter sua liberdade e livre arbítrio respeitados.

Com os animais de estimação nosso compromisso ainda é maior e mais delicado. A partir do momento que alguém decide adotar um animal, assume total responsabilidade por ele e sua vida: abrigo, alimentação adequada, cuidados higiênicos, cuidados com sua saúde, atenção, carinho e amor.

E mais: harmonia energética e colaboração e apoio com sua evolução espiritual, partindo-se do princípio que somos todos seres “iguais” (talvez eles sejam mais iguais, pois são melhores).

Os animais, nesse contato com o homem, estão desenvolvendo, aprendendo e ensinando, seus sentimentos, seus valores essenciais. Portanto, devemos ajudá-los nessa tarefa, e humildemente aprender lindas lições de puro amor, em vez de tornar suas vidas miseráveis.

Dra. Martha Follain
Colunista do site GREEPET. Formada em Direito. Especialista em Florais de Bach para animais e humanos pelo Instituto Bach. Possui ainda formação em Aromaterapia, Florais de Minas, Fitoterapia Brasileira, Terapia Ortomolecular, Bioeletrografia, Cristaloterapia, Cromoterapia, Terapia de Integração Craniossacral, Psicoterapia Hoística,Neurolingüística, Master Practitioner, Hipnose, Regressão e Reiki. CRT: 21524



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